O senador deixou claro seu descontentamento: “Sou totalmente contra. Falta bom senso na aprovação dessa matéria. Essa blindagem com voto secreto não pode avançar”, enfatizou. Sua posição reflete uma preocupante tendência de proteger políticos de investigações, o que pode comprometer a integridade da democracia e a confiança do público nas instituições.
Izalci também aproveitou a oportunidade para comentar sobre os desdobramentos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes em empréstimos consignados, especialmente dirigidos a aposentados e pensionistas do INSS. Ele sublinhou a gravidade da situação, destacando que a CPMI já resultou em prisões e expôs desvio de milhões através de empresas fictícias, conhecidas como “noteiras”, que geravam faturas sem a prestação de serviços reais.
O senador mencionou os depoimentos recentes de dois investigados, Milton Salvador de Almeida Junior e Rubens Oliveira Costa, que, segundo ele, teriam movimentado aproximadamente R$ 600 milhões dentro deste esquema fraudulento. “Milton e Rubens não eram apenas sócios, mas atuavam como procuradores e diretores das instituições envolvidas. O Milton pagou as empresas ‘noteiras’ que apenas emitem notas fiscais, sem oferecer serviços. Para se ter uma ideia, Milton faturou R$ 368 milhões e Rubens, R$ 193 milhões, totalizando quase R$ 600 milhões”, relatou Izalci, demonstrando a complexidade e a magnitude das fraudes em questão.
Com essas declarações, o senador reforça não apenas a importância do combate à corrupção, mas também a necessidade urgente de um debate mais profundo sobre a integridade das propostas legislativas em tramitação.