Izalci declarou que as revelações feitas por Cid expõem uma suposta “trama golpista” como uma farsa, sustentada por falsidades que visam perseguir adversários políticos. Em suas palavras, a afirmação de Cid de que Bolsonaro “não ia fazer nada” é uma evidência de que a narrativa em torno das investigações carece de provas concretas. Ele ponderou que a falta de evidências e o predomínio de um discurso narrativo são indicativos de manipulação, em detrimento do direito à defesa e da busca pela verdade.
O senador também solicitou a anulação da delação de Mauro Cid, assim como a libertação de outros investigados, incluindo o general Braga Netto. Em seu discurso, Izalci sugeriu que o governo federal teve a oportunidade de prevenir os ataques ocorridos em janeiro, mas optou por não agir. Elencou ainda a questão do desaparecimento de imagens de câmeras de segurança, exigindo esclarecimentos sobre o ocorrido. “A Força Nacional poderia ter atuado, o Plano Escudo poderia ter sido implementado. Em meu relatório da CPI, está documentado que o governo poderia ter evitado essa situação, mas não o fez, e isso levanta questionamentos sobre interesses ocultos,” afirmou.
Além disso, o senador expressou descontentamento com a rejeição do relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o mercado de apostas on-line no Brasil. Ele criticou a falta de comprometimento de alguns parlamentares que, segundo ele, não estavam devidamente engajados no trabalho da CPI. A proposta da senadora Soraya Thronicke, que previu o indiciamento de 16 pessoas, foi rejeitada de forma apertada, refletindo uma vitória de 4 a 3. Para Izalci, essa é a primeira vez em uma década que um relatório de CPI é descartado dessa maneira, demonstrando um processo legislativo que, em sua visão, desconsiderou o compromisso necessário dos envolvidos.