SENADO FEDERAL – Senador Izalci Lucas critica ausência de “careca do INSS” na CPMI e defende convocação de familiares envolvidos em fraudes contra aposentados.

Na sessão desta terça-feira (16), o senador Izalci Lucas, membro do PL-DF, utilizou a tribuna do Plenário para expressar preocupações sobre a falta de comparecimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. O senador insinuou que essa ausência pode ser um indício de uma estratégia para proteger indivíduos implicados em um esquema de fraudes que atinge aposentados e pensionistas. Ele criticou a decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu ao investigado a liberdade de optar por participar ou não das investigações.

Izalci manifestou seu desacordo com a decisão judicial e enfatizou que, apesar do entendimento do ministro, o advogado de Antunes havia se comprometido, em conversas com o presidente da CPMI, a garantir sua presença. Entretanto, minutos antes da sessão, o advogado anunciou que seu cliente não compareceria. O senador interpretou essa manobra como uma mensagem destinada a ocultar a identidade de pessoas que estariam por trás do esquema fraudulento, assegurando que a investigação seguirá em busca de responsabilizá-los.

Diante da falta do investigado, a CPMI decidiu avançar na convocação de familiares de Antunes, incluindo sua esposa, filho e irmão, todos sob suspeita de envolvimento em operações financeiras irregulares. Essa decisão ocorreu mesmo frente aos esforços de outros membros da base governista que tentaram adiar a convocação.

No mesmo discurso, o senador Izalci também se posicionou sobre os eventos de 8 de janeiro, reiterando que não se tratou de uma tentativa de golpe e aproveitou para criticar a política econômica do governo do presidente Lula. Ele atribuiu ao governo a responsabilidade pelo aumento de tarifas, ironicamente referindo-se ao “tarifaço” instituído por Donald Trump. Izalci destacou que muitos países, como Alemanha e Índia, estavam engajados em negociações para ajustar tarifas, enquanto o presidente brasileiro se recusou a fazê-lo, optando por uma postura de resistência. Para ele, essa atitude teria consequências que afetam diretamente a economia nacional.

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