Durante sua fala inicial, Milton Salvador se apresentou como um prestador de serviços, negando qualquer associação financeira ou societária com o conhecido ‘Careca do INSS’, figura central nas apurações relacionadas a fraudes no sistema previdenciário. Essa afirmativa de Salvador foi recebida com interesse, uma vez que a CPMI investiga diversas vertentes de possíveis irregularidades que prejudicaram os cofres públicos.
Na sequência, durante o questionamento do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, do União de Alagoas, Salvador aprofundou suas explicações sobre o funcionamento das empresas envolvidas nas denúncias da operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal. O depoente detalhou operações, práticas e conexões que, segundo ele, eram parte de um esquema maior de desvios e fraudes.
A atuação de Salvador é vista como um teste para a CPMI, que busca não apenas entender a extensão das fraudes, mas também identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los. O depoimento trouxe à tona aspectos cruciais sobre a dinâmica entre prestadores de serviços e as alas operacionais que facilitam a corrupção no setor. A expectativa agora recai sobre as próximas etapas das investigações e como elas impactarão o panorama do INSS e a confiança da sociedade nas instituições públicas.
Com a continuidade dos depoimentos, a CPMI espera esclarecer os meandros das relações comerciais que podem ter contribuído para o desvio de recursos, além de buscar mecanismos que impeçam a repetição de tais práticas no futuro. A colaboração de empresários, como Milton Salvador, pode se revelar fundamental para o desmantelamento de esquemas que há muito tempo comprometem a integridade do sistema previdenciário brasileiro.
-
-
-
-
