SENADO FEDERAL – Senador Eduardo Girão Propõe Proibição de Publicidade de Apostas e Critica Influência no Futebol Brasileiro e na CBF durante Pronunciamento no Plenário.

Na última sexta-feira (16), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez um forte pronunciamento no Plenário, direcionando críticas contundentes às empresas de apostas on-line que têm ganhado espaço no futebol brasileiro. Durante sua fala, Girão defendeu a urgência de proibir a publicidade dessas plataformas, ressaltando os impactos negativos que o setor tem gerado na sociedade, incluindo o aumento do endividamento familiar e o crescimento dos casos de vício em jogos.

Girão descreveu a realidade das apostas como uma “tragédia humanitária”, enfatizando que, enquanto uma minoria de magnatas lucra, milhões de pessoas enfrentam consequências devastadoras. “Para mim, tinha de acabar. Eu tenho um projeto de lei para proibir novamente apostas esportivas”, afirmou o senador, apontando que os danos já estão visíveis. Ele ainda expressou sua preocupação com a falta de responsabilidade social por parte de alguns legisladores que pretendem discutir a legalização de cassinos e bingos no Congresso nos próximos dias.

O senador também fez referência à dependência financeira que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), clubes e campeonatos nacionais têm em relação às apostas on-line, argumentando que essa relação prejudica o esporte. “A CBF é patrocinada por esse setor. Essa dependência é prejudicial para a integridade do futebol brasileiro”, disse Girão.

Além disso, ele destacou a postura ética do técnico Filipe Luís, do Flamengo, que, apesar de treinar uma equipe financiada por plataformas de apostas, se negou a participar de campanhas publicitárias dessas empresas. Girão utilizou esse exemplo para ilustrar que é possível manter a integridade em meio à pressão econômica oriunda dos patrocínios.

Por fim, ao abordar a crise recente na CBF, o senador criticou a judicialização excessiva do caso e ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve intervir em disputas internas do mundo do futebol. Ele acredita que, sem essa interferência, a CBF poderá encontrar um desfecho adequado para suas questões internas, o que renovaria a esperança de que o futebol brasileiro possa retomar um caminho de integridade e desenvolvimento.

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