Para o senador, a conduta de Moraes tem sido marcada por escândalos, abusos de autoridade e arbitrariedades, o que justifica a apresentação de um novo pedido de impeachment, composto por mais de 20 laudas e assinado por mais de 130 parlamentares. Girão ressaltou ainda que esse pedido conta com o apoio de mais de 1,1 milhão de assinaturas, evidenciando o crescente descontentamento da população com as ações do ministro.
Além disso, Girão trouxe à tona o caso de Eduardo Tagliaferro, ex-coordenador da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que está sendo investigado pelo vazamento de mensagens entre assessores de Moraes. De acordo com o senador, Tagliaferro estaria sendo perseguido após a divulgação de conversas que evidenciavam supostas ordens ilegais transmitidas pelo juiz auxiliar Airton Vieira, ligado ao gabinete de Moraes.
Tagliaferro, em seu depoimento, afirmou que era apenas um funcionário e que questionava tecnicamente seus superiores no TSE sobre a legalidade das ordens recebidas. A defesa do ex-coordenador já solicitou que Moraes seja impedido de continuar conduzindo o inquérito, criado pelo próprio ministro, alegando parcialidade e violações no processo.
Diante desses acontecimentos, Girão classificou a atuação de Moraes como uma “aberração jurídica” e destacou a necessidade urgente de o Senado assumir sua responsabilidade constitucional e avaliar de forma séria e imparcial os pedidos de impeachment do ministro do STF. A pressão por mudanças e por maior transparência no judiciário parece estar crescendo, conforme a sociedade se mostra cada vez mais crítica em relação às práticas adotadas por autoridades do poder judiciário.