Girão fez questão de ressaltar que o voto de Fux se posiciona contra os excessos de determinados setores da política, que, conforme suas palavras, tentam impor suas visões de forma autoritária e em algumas situações, movidos por sentimentos de vingança. O senador enfatizou que a manifestação de Fux representou uma “luz no fim do túnel” em um contexto de arbitrariedades que, segundo ele, têm sido perpetradas por outros ministros da corte. Para Girão, o voto do ministro foi uma “declaração de justiça”, que promoveu uma reflexão sobre os procedimentos judiciais em andamento.
Outro ponto abordado pelo senador foi o cerceamento do direito de defesa, que Fux destacou ao invalidar atos do processo. Ele argumentou que a inclusão repentina de 70 terabytes de documentação comprometeu a capacidade dos advogados dos réus de se prepararem adequadamente. Girão mencionou ainda que o julgamento deveria ter sido conduzido pelo Plenário do STF, em vez da Primeira Turma, questionando também a imparcialidade de alguns de seus integrantes.
O senador não hesitou em citar possíveis suspeições envolvendo ministros da Primeira Turma, nomeando figuras como Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes. Girão trouxe à tona denúncias feitas por um ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral, Eduardo Tagliaferro, que implicariam irregularidades graves e exigiriam uma profunda investigação por parte do Senado.
Ao final de sua fala, Girão concluiu que o voto de Luiz Fux deveria inspirar não apenas outros magistrados, mas também parlamentares, argumentando a favor da necessidade urgente de se aprovar uma anistia para os que ele considera “presos políticos”. Para ele, essa medida seria essencial para restaurar a paz e a reconciliação no Brasil, além de promover a volta da verdadeira democracia no país.