O senador abordou, também, a grave questão da violência no Ceará, destacando o crescente avanço do crime organizado no estado. Ele afirmou que facções criminosas estão agindo como verdadeiros poderes paralelos, exercendo controle sobre regiões, extorquindo pequenos comerciantes e interferindo diretamente no cotidiano da população. Diante desse panorama de insegurança, Girão defendeu de forma incisiva uma intervenção federal no estado, ressaltando que já havia feito essa solicitação ao governo, embora sem sucesso até o momento.
A preocupação do senador não é infundada. A presença da Força Nacional, segundo ele, poderia ser um importante reforço nas ações de segurança pública, principalmente em áreas de Fortaleza e de municípios interioranos que têm sido severamente afetados pelo domínio das facções.
Além disso, Girão comentou sobre a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado, destinada a investigar a atuação das organizações criminosas em todo o território nacional. Ele se mostrou otimista com essa iniciativa, afirmando que “antes tarde do que nunca” o Senado começou a tomar medidas concretas para combater o aumento da criminalidade. Girão se colocou à disposição para participar da CPI, enfatizando a gravidade do estado do Ceará, que enfrenta desafios sérios relacionados à segurança pública.
Seu discurso evidencia não só uma insatisfação com órgãos públicos, mas também um apelo para que medidas eficazes sejam implementadas com urgência, em um momento em que a população se sente cada vez mais à mercê da criminalidade.