SENADO FEDERAL – Senador Eduardo Girão critica julgamentos do STF e pede equilíbrio em processos relacionados aos atos de 8 de janeiro, defendendo um tratamento coerente e justo.

Na sessão do Plenário do Senado na última terça-feira, o senador Eduardo Girão, representando o Novo-CE, abordou de forma contundente as questões envolvendo os julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados aos eventos de 8 de janeiro. O parlamentar colocou em xeque a condução desses processos, ressaltando que não estariam respeitando o devido processo legal, um dos pilares do Estado democrático de direito. Girão argumentou que as sanções impostas nos julgamentos não observam as garantias constitucionais e que, em sua visão, o que ocorre atualmente é uma manobra política, e não um julgamento justo.

Em suas afirmações, Girão foi enérgico ao afirmar que o que se observa é uma execução pré-determinada, cujos desfechos já eram previsíveis. Ele critica manifestações recentes, incluindo um discurso do ministro Alexandre de Moraes, que, segundo o senador, parece alinhar-se com uma narrativa de combate à impunidade. “Não podemos chamar isso de julgamento”, desabafou, sugerindo que a imparcialidade e a justiça estavam sendo comprometidas.

O senador também fez um comparativo histórico, questionando os diferentes tratamentos recebidos em outros momentos do Brasil, como a anistia a indivíduos envolvidos em atividades violentas durante a ditadura militar. Para ele, a coerência nas decisões é crucial para que o país possa se encaminhar rumo à pacificação. Girão defendeu que a anistia é uma medida necessária para que o Brasil possa seguir em frente, permitindo que o atual governo trabalhe em um ambiente menos hostil e sem ressentimentos.

Além disso, Girão pediu atenção à revelação de depoimentos que, conforme sua perspectiva, foram ignorados pela grande mídia. Ele mencionou o ex-secretário do Tribunal Superior Eleitoral, Eduardo Tagliaferro, que apresentou no contexto da Comissão de Segurança Pública alegações sobre perseguições políticas e irregularidades processuais. O senador afirmou que o silêncio da imprensa sobre essas denúncias reflete uma postura tendenciosa, alinhada a uma narrativa que, em sua opinião, beira o autoritarismo.

Com isso, Eduardo Girão clama por uma reflexão urgente sobre a situação política e judicial do Brasil, defendendo um retorno ao respeito pelas garantias fundamentais e pela paz social. Ele acredita que, sem esse equilíbrio, o futuro do país pode estar comprometido.

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