SENADO FEDERAL –

Senador Eduardo Girão Critica Aumento de Deputados e Defende Redução de Custos no Congresso

Durante um recente pronunciamento no Plenário do Senado, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) expressou sua veemente oposição à aprovação de um projeto de lei complementar que propõe o aumento do número de deputados federais de 513 para 531. Segundo o parlamentar, essa proposta, que tem como autora a deputada Dani Cunha (União-RJ), resultaria em um acréscimo significativo nos gastos do Congresso Nacional, estimados em cerca de R$ 65 milhões anuais. Girão destacou que esse valor poderia custear um ano de estudos para aproximadamente 200 mil alunos do ensino médio, insinuando que a decisão ignora outros custos associados, como as despesas com gabinetes e privilégios para os parlamentares.

O senador apontou que cada deputado também tem direito a emendas que somam R$ 50 bilhões, o que, segundo ele, amplia a crítica ao sistema de financiamento do Legislativo. Ele enfatizou que, de acordo com pesquisas feitas por organizações como a Transparência Internacional e a ONG Contas Abertas, o Brasil possui um dos Congressos mais onerosos do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos neste ranking.

Diante dessa situação, Girão fez um apelo para que o Senado rejeite a proposta em questão. Em contrapartida, ele defendeu um projeto de sua autoria, que visa limitar o número de deputados a 300, respeitando os critérios de proporcionalidade estabelecidos pelo IBGE. O senador argumentou que a redução do número de parlamentares não apenas diminuiria os gastos públicos, mas também melhoraria a qualidade da representação dos brasileiros no Parlamento.

Com essa proposta, Girão pretende promover uma transição de uma representação quantitativa para uma qualitativa, priorizando a austeridade no uso das verbas públicas. Ele acredita que essa mudança é essencial para atender de forma mais eficaz as necessidades da população, ressaltando a importância de um Legislativo que não apenas exista em número, mas que também seja verdadeiramente representativo e responsável com os recursos que lhe são confiados. A discussão sobre o tema continua, e a postura de Girão reflete uma preocupação crescente em relação à eficiência e à responsabilidade fiscal dentro da política brasileira.

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