Durante seu discurso, Girão fez críticas a alguns acontecimentos que ocorreram na semana em que se comemora a Independência do Brasil. Uma dessas críticas foi direcionada ao presidente Lula, que sugeriu que os votos dos ministros do STF não sejam tornados públicos. Segundo o senador, essa proposta é uma forma de privar a população de um importante instrumento de fiscalização dos atos da Corte, especialmente em questões que envolvem toda a sociedade brasileira.
“Essa opinião revela mais uma vez o espírito ditatorial do presidente Lula e do PT”, afirmou Girão. “O conhecimento do voto de cada ministro é o único recurso de que dispõe a sociedade brasileira para inibir decisões trágicas, que vão contra a vontade da ampla maioria da população, como é o caso da legalização do aborto e das drogas, pautas que o Supremo tem tomado à revelia do Congresso Nacional”.
O senador também criticou a postura do presidente Lula diante das enchentes recentes no Rio Grande do Sul. Enquanto o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, visitou a região, Lula preferiu manter sua viagem à Índia para participar de uma reunião do G-20. Girão lembrou que, em 2010, no segundo mandato de Lula, o então presidente deixou de comparecer a uma reunião do mesmo G-20 para visitar o Nordeste, que sofria com enchentes.
Outro ponto abordado por Girão foi a decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, de anular todas as provas provenientes do acordo de leniência entre a Odebrecht e a Operação Lava-Jato. Para o senador, essa decisão foi “deplorável” e representa uma tentativa de apagar o escândalo histórico de corrupção revelado pela Lava-Jato. Girão ressaltou o papel fundamental que a operação teve no combate à corrupção no Brasil, conseguindo recuperar mais de R$15 bilhões desviados dos cofres públicos.
Enquanto muitas autoridades brasileiras preferem se omitir diante desses abusos, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Procuradores da República se levantaram contra essa decisão, demonstrando coragem e posicionando-se a favor do combate à corrupção. Girão destacou essa reação como uma boa notícia e conclamou os “homens de bem” a terem coragem e se posicionarem contra os abusos cometidos.
Em seu pronunciamento, o senador Eduardo Girão demonstrou sua preocupação com a situação política atual do país e fez um apelo para que a população se mobilize e participe ativamente do debate político, reivindicando maior transparência e responsabilidade das autoridades. Resta agora aguardar para ver como a população brasileira irá responder a esse chamado do senador do Novo.
