O senador não hesitou em categorizar essas declarações como uma evidência de uma suposta conspiração externa durante as eleições de 2022, levantando questões sérias sobre a imparcialidade da Justiça Eleitoral. Ele também relembrou um discurso do ministro proferido em um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) após as eleições, onde Barroso declarou que “derrotamos o Bolsorismo”. Para Girão, essas intervenções geram um cenário preocupante, caracterizando uma confissão de Barroso sobre sua posição política, o que ele considera uma transgressão passível de crime de responsabilidade.
Neste contexto, o senador também dirigiu críticas ao ministro Flávio Dino, que suspendeu a tramitação de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho, investigado por supostos desvios de emendas parlamentares. Girão argumentou que essa decisão sinaliza uma evidente disparidade de tratamento entre aliados e opositores do governo, afirmando que a administração atual não demonstra compromisso com a ética.
Além de seus comentários sobre Barroso e Dino, Girão também trouxe à tona casos que, segundo ele, evidenciam a parcialidade da Justiça em relação aos conservadores. Ele citou a condenação de Débora Rodrigues, conhecida por pichar a estátua da Justiça, que foi sentenciada a 14 anos de prisão por atos relacionados aos eventos de 8 de janeiro. O senador não perdeu a oportunidade de defender a instalação de uma CPI do INSS e a aprovação de uma anistia, afirmando que tais medidas são essenciais para alcançar uma reconciliação nacional, destacando que muitas das pessoas envolvidas não recorreram à violência, o que deveria ser considerado nas decisões judiciais. Girão concluiu seu discurso ressaltando a necessidade de uma abordagem mais equitativa no trato das questões políticas no país.