SENADO FEDERAL – Senador denuncia tentativa de interferência dos EUA em eleições brasileiras e acusa STF de perseguição política em pronunciamento no Plenário.

Em um pronunciamento realizado no Plenário nesta quinta-feira, o senador Eduardo Girão, do Novo-CE, levantou uma questão alarmante sobre uma possível interferência da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (Usaid) nas eleições presidenciais de 2022. Além disso, o senador não poupou críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de perseguição política.

Durante seu discurso, Girão trouxe à tona o fato de que a Comissão de Segurança Pública aprovou um requerimento de sua autoria para realizar uma audiência pública com Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA durante a gestão de Donald Trump. Benz teria afirmado que, sob o governo de Joe Biden, a Usaid foi utilizada para criar estruturas de censura e manipulação nas redes sociais, com o objetivo de prejudicar a reeleição de Jair Bolsonaro em 2022.

O senador destacou que um dos principais articuladores dessa suposta estratégia contra a reeleição de Bolsonaro seria o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Girão também reiterou suas críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal, acusando-o de ultrapassar os limites constitucionais e de promover perseguições políticas, como no inquérito das fake news.

Segundo as declarações do senador, o inquérito em questão é uma ameaça à liberdade de expressão e um instrumento de repressão a vozes dissidentes, sejam eles jornalistas, comunicadores, artistas, pastores ou parlamentares, como no caso do senador Marcos do Val, do Podemos-ES. Girão denunciou ações desproporcionais como mandados de busca e apreensão, suspensão de redes sociais, desmonetização de canais, apreensão de passaportes, bloqueio de contas e pedidos de prisão, o que ele considera um grave ataque à democracia.

Diante desse cenário preocupante, o senador conclamou a sociedade a permanecer vigilante e defender os princípios democráticos e o Estado de Direito, diante das supostas ameaças à liberdade de expressão e ao respeito às instituições.

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