Um dos exemplos citados pelo senador foi a apreensão de R$ 500 mil escondidos na cueca do empresário Renildo Evangelista Lima, marido da deputada Helena Lima (MDB-RR). Girão ressaltou que o episódio, ocorrido em setembro de 2024, demonstra a complacência com práticas corruptas que deveriam ser prontamente investigadas e punidas. O empresário é sócio da empresa Voare, que possui contratos com o governo federal, inclusive um no valor de R$ 15,8 milhões com o Ministério da Saúde.
Para Girão, a impunidade em casos como esse transmite uma mensagem negativa à população brasileira, mostrando que há uma diferenciação no tratamento dado a casos de corrupção, com aliados políticos sendo protegidos enquanto cidadãos comuns são punidos com rigor. O senador também criticou a permanência do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no cargo, apesar de estar sendo indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além disso, Girão defendeu a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os prejuízos nas estatais federais, como os R$ 3,2 bilhões em perdas atribuídas aos Correios em 2024. O senador ressaltou a necessidade de uma apuração rigorosa sobre contratos e decisões administrativas que possam ter causado danos ao patrimônio público, destacando um rombo de R$ 7 bilhões registrado no ano passado, o maior dos últimos 23 anos.
É evidente que Eduardo Girão está empenhado em combater a corrupção e garantir maior transparência e responsabilização no cenário político brasileiro, buscando investigações sérias e medidas efetivas para combater as práticas ilícitas que prejudicam o país como um todo.
