O senador destacou que a PCS Lab Saleme firmou um contrato milionário de aproximadamente R$ 11 milhões com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro para realizar a sorologia de órgãos doados. Porém, a negligência do laboratório veio à tona, pois, de acordo com Kajuru, houve quebra do controle de qualidade nas análises, visando apenas maximizar lucros em detrimento da segurança e preservação da saúde dos pacientes.
Um ponto alarmante também levantado por Kajuru foi a existência de laudos falsificados, atestando que os doadores dos órgãos não possuíam HIV, assinados por uma funcionária não habilitada para tal função. Além disso, houve a descoberta de que o número de registro profissional presente nos documentos pertencia a outra pessoa, que não mais exercia a profissão e residia fora do estado do Rio de Janeiro.
O senador enfatizou a gravidade do caso e ressaltou que a situação deve servir como um alerta para todo o país. Ele defendeu a necessidade de um amplo processo de fiscalização em laboratórios em todo o território nacional, visando garantir a qualidade e credibilidade dos serviços prestados, especialmente na área de transplantes.
Kajuru, que desde o início de seu mandato em 2019 tem a saúde como uma de suas prioridades legislativas, destinou quase R$ 12 bilhões em recursos para a saúde no estado de Goiás. O senador enfatizou a importância de manter a credibilidade do programa de transplantes no Brasil, o segundo maior do mundo, e destacou a necessidade de punição para os responsáveis por casos de negligência que comprometam a segurança e a saúde dos cidadãos.
A série de irregularidades apontadas por Jorge Kajuru durante seu discurso no Senado evidencia a urgência de medidas rigorosas para garantir a qualidade e segurança dos serviços de saúde oferecidos à população brasileira.