Em seu discurso, o senador destacou a disparidade de tratamento dado pelo sistema judiciário brasileiro, apontando a falta de empenho na tipificação de crimes de corrupção como hediondos. Ele questionou a postura da Casa em relação a crimes como corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, concussão, entre outros, ressaltando que é mais fácil agir de forma contundente contra os economicamente menos favorecidos.
Contarato defendeu a necessidade de o Senado voltar sua atenção para o combate aos receptadores e traficantes, assim como aos servidores públicos que não estejam alinhados com os princípios que regem a administração pública. Ele ressaltou a importância de legislar de forma a dar tratamento igual a comportamentos iguais, começando por uma “faxina moral” no Parlamento.
O senador enfatizou que é hora de os políticos cumprirem com o princípio constitucional de igualdade perante a lei, independentemente de raça, cor, etnia, religião ou origem. Ele concluiu seu pronunciamento reforçando a necessidade de se combater não apenas a criminalidade, mas também a injustiça e a desigualdade que permeiam o sistema carcerário e judiciário brasileiro.
