SENADO FEDERAL – Senador denuncia esquema de corrupção em leilão emergencial de arroz após enchentes no RS: “Potencialmente um dos maiores escândalos do Brasil”

Em um pronunciamento feito no Plenário nesta segunda-feira (10), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) trouxe à tona denúncias que envolvem um possível esquema de corrupção relacionado ao leilão emergencial para a compra de arroz destinado a abastecer o mercado brasileiro após as devastadoras enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor do cereal no país. Girão classificou a situação como “potencialmente um dos maiores escândalos da história do Brasil”, afirmando que “o arroz azedou, e eu vou explicar por quê”.

De acordo com o senador, entre as irregularidades apontadas estaria o uso de empresas de fachada, incluindo uma loja de veículos e até mesmo uma sorveteria. Ele ressaltou a participação de um supermercado em Macapá (AP) que teria arrematado seis lotes do cereal no valor de R$ 736 milhões, mesmo tendo um capital social inicial de apenas R$ 80 mil, posteriormente aumentado para R$ 5 milhões.

Girão criticou a realização do leilão emergencial promovido pelo governo federal para a importação do arroz, apontando indícios graves de um possível esquema de desvio de recursos. O senador enfatizou que a produção de arroz no Rio Grande do Sul não foi totalmente afetada pelas enchentes, uma vez que 80% da safra já estava colhida e armazenada. Ele ainda questionou a decisão de importar arroz sem garantias de qualidade, em vez de subsidiar a produção nacional reconhecida pela sua boa qualidade.

O parlamentar destacou que tanto o Senado quanto a Câmara dos Deputados estão acompanhando o caso, e mencionou que situações de corrupção envolvendo partidos políticos já ocorreram no passado, como no caso do Mensalão e da Operação Lava Jato. Girão encerrou seu discurso criticando o que considera um oportunismo eleitoral e uso da calamidade para fins ilegítimos.

Essas denúncias levantadas por Girão certamente merecem uma investigação aprofundada por parte dos órgãos competentes, a fim de elucidar eventuais irregularidades e garantir a transparência e lisura nos processos de compras públicas no Brasil. A sociedade brasileira espera que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados, caso se comprovem as acusações feitas pelo senador.

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