SENADO FEDERAL – “Senador Denuncia Crise de Segurança no Ceará e Cobra Intervenção Federal: ‘População Está de Joelhos para o Crime Organizado'”

Na última quarta-feira, 14 de setembro, o senador Eduardo Girão, representando o partido Novo do Ceará, fez um contundente pronunciamento no Plenário do Senado, onde denunciou o aumento do poder das facções criminosas no estado e a crise persistente na segurança pública. Em uma declaração emotiva, ele expressou que a população cearense se encontra hoje “de joelhos para o crime organizado”, exigindo uma resposta do governo sobre a sua solicitação por intervenção federal, uma medida que, segundo ele, está sendo ignorada.

Girão ressaltou que a situação caótica da segurança pública não é recente, afirmando que a intervenção federal já foi solicitada anteriormente, mas permanece em um estado letárgico na Presidência da República. Ele destacou o nível alarmante da violência no Ceará, referindo-se a casos extremos de brutalidade, como decapitações e chacinas. Em suas palavras, questionou: “Onde está a compaixão? Qual é a preocupação do governo com os cearenses, especialmente com os mais pobres que são, constantemente, humilhados pelas facções criminosas?”

O senador também abordou a problemática da saúde pública no Ceará, criticando a administração dos hospitais e a gestão de recursos. Girão mencionou a inauguração do Hospital Universitário do Ceará, que, após quatro anos de espera e um investimento significativo de R$ 320 milhões, foi inaugurado apenas em parte. A gestão do hospital foi transferida para o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) por meio de um contrato de R$ 196 milhões.

Girão enfatizou seu esforço pessoal, relatando que destinou R$ 4 milhões de emendas parlamentares para o hospital, que previamente havia sido anunciado como um estabelecimento com 654 leitos, incluindo 184 de UTI. No entanto, de acordo com ele, a inauguração se deu com apenas algumas unidades funcionando, como as de oncologia e vascular. O senador descreveu o ambiente do hospital como “um elefante branco”, referindo-se à falta de atividade e ao desolador cenário de um espaço que deveria ser vital para a recuperação da saúde da população cearense.

Dessa forma, o discurso de Eduardo Girão não apenas traz à tona a urgência de reformas na segurança e saúde no Ceará, mas também reflete uma insatisfação crescente com a administração atual, clamando por ações efetivas em prol do bem-estar da população.

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