Bittar argumentou que as análises dos órgãos de controle não consideram os desafios únicos enfrentados pelas comunidades isoladas da Amazônia. Ele ressaltou que o TCE não foi designado para gerir administrativamente o estado e expressou sua oposição ao afastamento do secretário, questionando a realidade das escolas na região. “Se começarmos a substituir secretários de Educação na Amazônia por razões como a falta de água encanada nas escolas rurais, quem restará para assumir essas funções?”: indagou o senador, sublinhando que é uma realidade presente na maioria dos municípios da Amazônia.
O senador também destacou que a complexidade das condições na região exige soluções específicas que podem não se alinhar com os padrões adotados em outras partes do Brasil. Para ele, as dificuldades de acesso, transporte e infraestrutura não devem ser confundidas com negligência.
Bittar finalizou sua fala enfatizando a importância de se reconhecer a realidade da Amazônia, convidando o país a refletir sobre a vida na região de forma mais crítica. “A ideia de que todos vivem bem no interior da Amazônia é uma concepção irreal e enganosa”, afirmou, sugerindo que essa narrativa idealizada deve ser desmantelada para que os verdadeiros desafios enfrentados pela população possam ser enfrentados de maneira eficaz e justa.