SENADO FEDERAL – Senador Critica Participação de Alexandre de Moraes em Eventos Midiáticos e Alerta sobre Vaidade de Ministros do STF

Na sessão plenária desta segunda-feira, o senador Eduardo Girão, do partido Novo, tornou-se o centro das atenções ao criticar a presença do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na inauguração do SBT News. Girão denunciou o evento, afirmando que a exposição midiática dos membros do Judiciário não se alinha com as expectativas da função que exercem. O senador expressou sua preocupação acerca do que considera um comportamento inadequado para alguém que ocupa uma posição tão elevada no sistema judiciário do país.

Girão enfatizou que a constante atividade pública de magistrados, incluindo entrevistas que parecem mais direcionadas ao estrelato do que à seriedade da função, representa uma distorção do papel do Judiciário. “Essa forma de ativismo é incompatível com o que se espera de um ministro da mais alta Corte de Justiça. O ativismo e a vaidade exacerbada estão em alta, enquanto a discrição que deveria caracterizar as Cortes Supremas é quase inexistente”, disse o senador, reforçando que observações como essa não são comumente vistas em outros países.

No mesmo discurso, Girão não poupou críticas ao ex-ministro das Comunicações, Fábio Faria, que é casado com Patrícia Abravanel, uma das herdeiras do grupo de comunicação que gestiona o novo canal. O senador trouxe à tona o controverso episódio conhecido como “radiolão”, que envolveu Faria durante o governo de Jair Bolsonaro, quando ele acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de um suposto boicote na veiculação de propagandas eleitorais. Segundo Girão, Faria apresentou inicialmente documentos que evidenciavam a falta de inserções publicitárias para o candidato Bolsonaro, mas posteriormente se retractou, aliviando a pressão sobre o TSE e, na opinião do senador, causando danos à campanha de Bolsonaro nas eleições de 2022.

“Esse episódio foi tão significativo que promovemos uma audiência pública no Senado que durou quase 12 horas, onde ouvimos depoimentos de pessoas que se sentiram perseguidas politicamente. Fábio Faria tinha em mãos evidências de que milhões de inserções publicitárias não foram veiculadas, beneficiando apenas uma candidatura”, explicou Girão, demonstrando sua indignação com a situação.

Esse debate destaca as tensões presentes na política brasileira, evidenciando não apenas a relação entre os poderes Legislativo e Judiciário, mas também como e por que a exposição midiática pode entrar em conflito com a norma e a ética que se espera das instituições.

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