SENADO FEDERAL – Senador critica ONG por lucrar com recursos naturais da Amazônia e não beneficiar população ribeirinha, denuncia durante pronunciamento.

No dia 27 de agosto, o senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, fez um forte pronunciamento criticando as organizações não governamentais (ONGs) que, segundo ele, estão lucrando com os recursos naturais da Amazônia sem retornar benefícios para a população local.

Em destaque durante o discurso, o senador mencionou um projeto de manejo de pirarucu chamado Piraruclub, desenvolvido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que teria gerado um faturamento de R$158 mil no ano de 2023. No entanto, Plínio Valério apontou que a renda obtida pelas famílias ribeirinhas envolvidas no projeto não é proporcional aos ganhos da entidade.

De acordo com as informações trazidas pelo senador, a FAS utilizou a mão de obra das comunidades da Reserva Sustentável de Mamirauá para o projeto Piraruclub. O resultado, segundo a própria ONG, foi a venda de 4,4 toneladas do pescado, beneficiando supostamente 110 famílias ribeirinhas, denominadas de “manejadoras” pela entidade.

Plínio Valério questionou se era motivo de comemoração o fato de cada família envolvida no manejo ter ganho apenas R$29 por mês, equivalente a cerca de 1kg de pirarucu. O senador ressaltou que a iniciativa não está proporcionando melhorias na qualidade de vida das famílias, que vivem em condições precárias, e afirmou que os ribeirinhos inseridos no projeto estão sendo ludibriados pela Fundação Amazônia Sustentável.

Para o parlamentar, é fundamental denunciar essas práticas e evitar que os ribeirinhos sejam explorados e iludidos por organizações que prometem melhorias sem concretizá-las. O discurso de Plínio Valério destaca a importância de garantir que projetos como o Piraruclub tenham impacto positivo real nas comunidades locais, beneficiando-as de forma justa e efetiva.

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