Em destaque durante o discurso, o senador mencionou um projeto de manejo de pirarucu chamado Piraruclub, desenvolvido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que teria gerado um faturamento de R$158 mil no ano de 2023. No entanto, Plínio Valério apontou que a renda obtida pelas famílias ribeirinhas envolvidas no projeto não é proporcional aos ganhos da entidade.
De acordo com as informações trazidas pelo senador, a FAS utilizou a mão de obra das comunidades da Reserva Sustentável de Mamirauá para o projeto Piraruclub. O resultado, segundo a própria ONG, foi a venda de 4,4 toneladas do pescado, beneficiando supostamente 110 famílias ribeirinhas, denominadas de “manejadoras” pela entidade.
Plínio Valério questionou se era motivo de comemoração o fato de cada família envolvida no manejo ter ganho apenas R$29 por mês, equivalente a cerca de 1kg de pirarucu. O senador ressaltou que a iniciativa não está proporcionando melhorias na qualidade de vida das famílias, que vivem em condições precárias, e afirmou que os ribeirinhos inseridos no projeto estão sendo ludibriados pela Fundação Amazônia Sustentável.
Para o parlamentar, é fundamental denunciar essas práticas e evitar que os ribeirinhos sejam explorados e iludidos por organizações que prometem melhorias sem concretizá-las. O discurso de Plínio Valério destaca a importância de garantir que projetos como o Piraruclub tenham impacto positivo real nas comunidades locais, beneficiando-as de forma justa e efetiva.