Durante seu discurso, Girão fez questão de mencionar os chamados “intermináveis inquéritos”, como os casos relacionados a fake news e ao episódio de 8 de janeiro, que, segundo ele, não parecem ter um desfecho claro. Essa situação, na opinião do senador, fere os princípios do ordenamento jurídico do país e coloca os cidadãos em uma posição de constante ameaça.
Além disso, o parlamentar destacou que os conservadores têm sido alvo de intimidação por parte do STF, citando o exemplo em que deputados bolsonaristas foram retirados de cargos de liderança na Câmara dos Deputados supostamente por interferência do Supremo. Segundo Girão, essa ação teria como objetivo prejudicar o resultado de uma votação importante, a PEC 135/2019, que trata do voto auditável. Para ele, essas decisões minam a harmonia entre os Poderes constituídos.
Ao questionar a atitude do ministro Luís Roberto Barroso, que teria se reunido com lideranças partidárias antes da troca de deputados na liderança, Girão levantou a suspeita de interferência indevida de um Poder sobre outro. O senador enfatizou a necessidade de proteger a transparência e a segurança das eleições no Brasil, sem deixar que interesses políticos se sobreponham ao bem-estar da democracia.
Diante dessas declarações, fica evidente a preocupação do senador Eduardo Girão com a independência e a imparcialidade do Judiciário no país, além de seu compromisso em defender os princípios democráticos e a harmonia entre os Poderes da República. A atuação do Supremo Tribunal Federal continuará sendo tema de debates e reflexões no cenário político brasileiro.