SENADO FEDERAL – Senador critica indicação de ex-deputada do PT para Ministério dos Direitos Humanos após denúncia de corrupção: “Aceitação do governo é preocupante”.

Na tarde de quarta-feira (18), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas à indicação da ex-deputada estadual do PT de Minas Gerais, Macaé Evaristo, para ocupar o cargo de Ministra dos Direitos Humanos, sucedendo o ex-ministro Silvio Almeida, que foi demitido em meio a acusações de assédio sexual.

Durante seu pronunciamento, Girão destacou que a ex-deputada enfrenta 13 processos por improbidade administrativa em Minas Gerais, todos relacionados ao período em que foi secretária estadual de Educação. O parlamentar apontou que o governo adota uma postura de tolerância em relação a casos semelhantes, citando como exemplo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que permanece no cargo mesmo diante de acusações de corrupção.

“A indicação da Sra. Macaé Evaristo expõe a aceitação implícita da corrupção pelo governo federal, tratando-a como um crime trivial. O Ministério Público estima desvios na ordem de R$ 17 milhões, conforme reportagem do Estadão. Este não é um caso isolado, o governo parece inverter os valores e tolerar condutas questionáveis, como vemos no caso do ministro das Comunicações”, afirmou Girão.

Além disso, o senador questionou a rapidez com que o caso de Silvio Almeida foi resolvido em comparação com outros casos de denúncias de corrupção envolvendo ministros, os quais parecem não avançar. Ele expressou sua estranheza em relação à análise das denúncias contra o ex-ministro dos Direitos Humanos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“A população merece esclarecimentos sobre a atuação do governo em relação a essas práticas criminosas. A permanência no cargo diante de denúncias intensifica o constrangimento e a repressão no ambiente de trabalho, impactando não apenas os colegas, mas também os subordinados do Ministério”, ressaltou Girão.

Diante de todo esse cenário, fica evidente a necessidade de transparência e accountability por parte do governo, a fim de assegurar a lisura e a integridade na esfera pública. O debate em torno dessas nomeações e das condutas éticas dos ocupantes de cargos governamentais é fundamental para o fortalecimento da democracia e para a manutenção da confiança da sociedade nas instituições.

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