Girão destacou que o Poder Judiciário não respeita o teto salarial de R$ 40 mil, que já é considerado elevado em um país onde a maioria da população recebe muito menos. Ele enfatizou que parte desses R$ 12 bilhões foi gasta devido ao retorno do quinquênio, um benefício que garante um aumento automático de 5% a cada cinco anos.
Além disso, o senador trouxe à tona as grave denúncias de vendas de sentenças envolvendo desembargadores dos tribunais de justiça de Mato Grosso do Sul e da Bahia. Ele questionou a ética dessas práticas e destacou o corporativismo presente nesses casos. Girão criticou também a decisão do ministro do STF, Cristiano Zanin, indicado por Lula, de revogar o uso de tornozeleiras para magistrados investigados em Mato Grosso do Sul por suspeita de venda de sentenças.
Para o senador, é inaceitável que magistrados envolvidos em crimes tão graves possam receber como punição apenas uma aposentadoria compulsória com um generoso teto salarial. Ele classificou essa possibilidade como uma aberração típica do Brasil, que só é permitida em nosso país.
Dessa forma, as palavras de Eduardo Girão refletem não só a preocupação com o uso adequado do dinheiro público, mas também com a ética e a transparência no sistema judiciário. É fundamental que essas questões sejam debatidas e investigadas com seriedade para garantir a integridade e a confiança na Justiça brasileira.