SENADO FEDERAL – Senador critica decisão judicial que anulou acordos da Lava Jato e alerta para impacto no combate à corrupção no Brasil.



O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas à decisão do juiz Guilherme Roman Borges, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que anulou acordos de colaboração premiada e de não persecução penal de Jorge Luiz Brusa, no valor de R$ 25 milhões. Brusa, envolvido na Operação Lava Jato, foi acusado de lavagem de dinheiro com base em provas materiais e testemunhais.

Em um pronunciamento realizado nesta terça-feira (17), o senador lamentou os desdobramentos das ações que resultaram na anulação de acordos de colaboração, citando também casos como os de Glauco Legatti, ex-dirigente da Petrobras, e Djalma Rodrigues, ex-diretor da Petroquisa. Girão alertou para a existência de outras 26 petições semelhantes no Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltando um potencial “efeito cascata” que afeta a credibilidade das investigações.

Para o parlamentar, as decisões recentes indicam uma “calamidade moral” no país, agravada pela corrupção e impunidade que, segundo ele, são promovidas pelo STF. Girão recordou o caso de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, que devolveu sozinho R$ 500 milhões aos cofres públicos, questionando a possibilidade de reverter essa devolução diante das anulações dos acordos.

Além disso, o senador cobrou publicamente a abertura do pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Girão destacou a necessidade de análise do pedido, enfatizando o apoio de 157 deputados federais e mais de 1,5 milhão de brasileiros à iniciativa.

A série de acontecimentos envolvendo a anulação de acordos da Lava Jato e o pedido de impeachment reforçam a grave situação de instabilidade política e jurídica no Brasil, levantando questionamentos sobre a eficácia do combate à corrupção e à impunidade no país. A sociedade aguarda por respostas e soluções que promovam a transparência e a justiça em todas as esferas.

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