“Estamos diante de uma situação muito grave. Não podemos permanecer em silêncio diante de uma situação dessa magnitude. O áudio traz o desabafo de um ex-auxiliar, que revela insatisfações com o abuso de autoridade do ministro”, afirmou Cleitinho. Ele lembrou que cabe ao Senado a responsabilidade de fiscalizar as atividades do STF, enfatizando que a própria presença do ministro no cargo é resultado da escolha feita pelos senadores.
Além das questões referentes ao comportamento do ministro, o senador também criticou os gastos do Judiciário. Cleitinho focou em contratos firmados pelo STF, Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a concessionária Inframerica, que totalizam R$ 1,6 milhão anuais. Esses valores destinam-se a garantir acesso a salas VIPs no Aeroporto Internacional de Brasília para um total de 71 ministros. O senador também mencionou a aquisição de 30 veículos luxuosos, com cada um custando R$ 350 mil e voltados ao uso de ministros, argumentando que essas despesas deveriam ser arcar com recursos próprios.
“Desejo ver a população brasileira se unindo contra essas aberrações que acontecem no país. É um verdadeiro soco no estômago do povo brasileiro”, complementou Cleitinho, endossando a gravidade das questões discutidas. O clima na sessão foi tenso, refletindo a indignação manifestada pelo senador, que pediu uma reflexão mais profunda sobre a relação entre o poder judiciário e a sociedade. As afirmações feitas pelo senador suscitaram uma séria discussão sobre a transparência e a responsabilidade fiscal das instituições, mostrando a relevância do debate no cenário político atual.