O senador também mencionou um crescimento espantoso no número de benefícios de auxílio-doença concedidos especificamente por conta da ludopatia. Entre junho de 2023 e abril de 2025, os registros desse tipo de benefício cresceram em inacreditáveis 2.300%, totalizando 276 casos apenas nesse período. Rodrigues enfatizou que essa estatística revela que o vício em jogos não é apenas um fenômeno isolado, mas sim uma questão crescente de saúde pública. “O vício em jogos é uma doença silenciosa da alma. Ele não deixa cheiro, não embriaga o olhar, mas tem efeitos devastadores”, afirmou.
O parlamentar também destacou a importância da família no processo de prevenção e tratamento da dependência em jogos. Contudo, ele alertou que a luta contra a ludopatia não pode ser feita apenas por meio do esforço familiar; é necessária uma atuação decisiva do Estado. Rodrigues defendeu a criação de campanhas educativas voltadas ao público, a disponibilização de espaços para atendimento psicológico e a formação de grupos de apoio nas comunidades. Além disso, ele enfatizou a relevância de parcerias entre governo, escolas e a sociedade em geral para enfrentar esse problema.
Por fim, o senador fez um apelo para que o assunto seja tratado com a seriedade que merece, mas também com compaixão e esperança. Ele ressaltou que o jogo em si não é o verdadeiro inimigo, pois faz parte da cultura humana há séculos. O problema surge quando o jogo deixa de ser uma forma de lazer e se transforma em uma fuga da realidade, aprisionando o indivíduo em um ciclo vicioso. Rodrigues concluiu instando todos a unirem forças em um esforço coletivo para superar essa problemática, ressaltando a necessidade de diálogo e apoio mútuo.