SENADO FEDERAL – Senador Chico Rodrigues alerta sobre ameaça da ludopatia: 11 milhões de brasileiros em risco e aumento de 2.300% em auxílios para dependentes de jogos.

Em um importante pronunciamento no Plenário, o senador Chico Rodrigues (PSB-RR) trouxe à tona uma questão preocupante relacionada ao vício em jogos online e apostas virtuais, conhecido como ludopatia. Durante sua fala, Rodrigues destacou dados alarmantes da Universidade Federal de São Paulo que revelam que aproximadamente 11 milhões de brasileiros se encontram em situação de risco devido a esse tipo de dependência. O estudo, que foi divulgado recentemente, aponta que quase 1,5 milhão de pessoas já sofrem de uma forma grave de dependência de jogos, um número que reflete uma realidade que muitos preferem ignorar.

O senador também mencionou um crescimento espantoso no número de benefícios de auxílio-doença concedidos especificamente por conta da ludopatia. Entre junho de 2023 e abril de 2025, os registros desse tipo de benefício cresceram em inacreditáveis 2.300%, totalizando 276 casos apenas nesse período. Rodrigues enfatizou que essa estatística revela que o vício em jogos não é apenas um fenômeno isolado, mas sim uma questão crescente de saúde pública. “O vício em jogos é uma doença silenciosa da alma. Ele não deixa cheiro, não embriaga o olhar, mas tem efeitos devastadores”, afirmou.

O parlamentar também destacou a importância da família no processo de prevenção e tratamento da dependência em jogos. Contudo, ele alertou que a luta contra a ludopatia não pode ser feita apenas por meio do esforço familiar; é necessária uma atuação decisiva do Estado. Rodrigues defendeu a criação de campanhas educativas voltadas ao público, a disponibilização de espaços para atendimento psicológico e a formação de grupos de apoio nas comunidades. Além disso, ele enfatizou a relevância de parcerias entre governo, escolas e a sociedade em geral para enfrentar esse problema.

Por fim, o senador fez um apelo para que o assunto seja tratado com a seriedade que merece, mas também com compaixão e esperança. Ele ressaltou que o jogo em si não é o verdadeiro inimigo, pois faz parte da cultura humana há séculos. O problema surge quando o jogo deixa de ser uma forma de lazer e se transforma em uma fuga da realidade, aprisionando o indivíduo em um ciclo vicioso. Rodrigues concluiu instando todos a unirem forças em um esforço coletivo para superar essa problemática, ressaltando a necessidade de diálogo e apoio mútuo.

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