SENADO FEDERAL – Senador aponta desequilíbrio no tratamento de casos políticos e judiciais no Brasil durante pronunciamento no Plenário.

O senador Rogério Marinho (PL-RN) fez duras críticas ao tratamento dado a casos políticos e judiciais no Brasil durante um pronunciamento realizado no Plenário nesta segunda-feira (18). Segundo o parlamentar, há um evidente “desequilíbrio” na forma como essas questões são conduzidas, especialmente em relação à atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em episódios recentes.

Em seu discurso, o senador citou exemplos históricos para embasar sua argumentação. Ele relembrou o episódio em que o então deputado federal José Dirceu fez declarações incitando a violência política, seguido por um atentado ao então governador de São Paulo, Mário Covas, que na época lutava contra um câncer. Marinho também destacou a invasão e depredação da Câmara dos Deputados por manifestantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra em 2006, ressaltando que, naquela ocasião, tais atos eram considerados apenas atos políticos e não terrorismo.

O senador ainda fez uma comparação entre a condução dos casos de Adélio Bispo, autor do atentado contra Jair Bolsonaro em 2018, e Francisco Wanderley Luiz, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes. Marinho criticou a falta de uma apuração completa no caso de Adélio, especialmente em relação à análise do celular do agressor, enquanto o inquérito envolvendo o atentado mais recente foi assumido pelo STF, com relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Ao final de seu pronunciamento, o senador clamou por um retorno ao equilíbrio e destacou a importância de se resgatar a confiança da sociedade nas decisões da mais alta corte judiciária do país. Ele expressou sua angústia e perplexidade diante da situação atual, em que a credibilidade do Judiciário é posta em xeque pela população. Marinho encerrou sua fala apontando a falta de proporcionalidade em algumas sentenças, o que, segundo ele, gera um sentimento de injustiça no país.

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