O senador destacou a urgência de que tanto o poder público quanto a sociedade se mobilizem para enfrentar essa questão. “Nos últimos dias, um clamor tomou conta do país”, observou, referindo-se às manifestações que ocorreram de norte a sul, onde vozes exaustas de tanto sofrimento se levantaram. Ele enfatizou o desejo inegociável das pessoas que marchavam: “Queremos mulheres vivas”, um grito que, segundo ele, deve ser ouvido com atenção.
Os dados alarmantes sobre o feminicídio foram citados por Moura como uma evidência clara da gravidade da situação. Ele lançou um apelo por políticas públicas que sejam contínuas e integradas, abrangendo a participação ativa de instituições, escolas, organizações religiosas e, naturalmente, das famílias. O senador ainda sublinhou a necessidade de que as delegacias da mulher funcionem ininterruptamente, a fim de oferecer um suporte adequado e imediato às denúncias de violência.
Outra iniciativa defendida por Confúcio Moura foi a proposta de lei conhecida como auxílio recomeço. Esta iniciativa, de sua autoria, visa fornecer ajuda financeira temporária para mulheres que, vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade, buscam escapar de seus agressores. O projeto prevê um apoio que pode durar até seis meses, além de capacitações para que essas mulheres consigam recuperar sua autonomia econômica.
No desenrolar de sua declaração, o senador lamentou que, em um país como o Brasil, um direito básico, como o direito à vida para as mulheres, ainda precise ser reafirmado incessantemente. Ele enfatizou a urgência de agir e a necessidade de romper com o ciclo de violência que se tornou uma norma inaceitável na sociedade, afirmando que não se pode mais suportar a banalização desse ato violento. Com isso, ele reforçou a responsabilidade coletiva pela proteção das mulheres e pela promoção de um ambiente seguro e justo para todos.
