Girão reforçou que as plataformas de jogos estão explorando a paixão das torcidas pelos times e pelos atletas, incentivando as apostas durante as partidas de futebol. Esse vício em apostas esportivas também tem estimulado outros vícios, resultando em consequências mais graves, como o aumento dos casos de suicídio.
Segundo o senador, os bets estão levando milhões de brasileiros à beira do abismo. Ele mencionou até mesmo casos de evangélicos que nunca consumiram álcool se viciando nesse mercado. Girão alertou que esse vício terá um efeito devastador, levando os mais vulneráveis ao endividamento. Além disso, jogadores compulsivos tendem a cometer crimes e fraudes para financiar seu vício. Estudos publicados pelo The New York Times evidenciam que entre 50% e 80% dos ludopatas já consideraram o suicídio.
O senador também denunciou que mais de 500 licenças foram emitidas para sites de apostas, e apenas no primeiro semestre de 2023, 69 empresas registraram suas operações, movimentando cerca de R$ 150 bilhões por ano. Girão destacou ainda a suspeita de manipulação de resultados em eventos esportivos, citando a denúncia de jogadores comprados para forçar cartões amarelos, por exemplo.
De acordo com ele, os bets permitem apostar em quase tudo, incluindo o número de escanteios, pênaltis e cartões amarelos. Denúncias de manipulação de resultados já foram comprovadas em diversos campeonatos, inclusive no futebol feminino. Recentemente, um jogador importante da Série A foi condenado e suspenso por um ano após forçar um cartão amarelo em troca de dinheiro. Em 2022, o campeonato cearense chegou a ser suspenso devido a fortes denúncias de manipulação de resultados.
Diante dessa situação alarmante, o senador Eduardo Girão busca alertar para os perigos do vício em apostas esportivas e a necessidade de medidas mais rigorosas tanto para coibir a disseminação desse mercado quanto para combater a manipulação de resultados. A preocupação dele é válida, uma vez que o vício em apostas esportivas está afetando a vida de muitos brasileiros, levando-os a situações de endividamento e até mesmo de desespero, como o pensamento suicida. É importante que as autoridades tomem providências para proteger a população e evitar que essa situação se agrave ainda mais.
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