SENADO FEDERAL – “Senador alerta para a dependência do Bolsa Família no Pará, onde 62% das famílias ainda enfrentam pobreza apesar da riqueza natural do estado”

Em um pronunciamento contundente realizado no Plenário na última quarta-feira, o senador Zequinha Marinho, representando o estado do Pará pelo Podemos, fez uma análise crítica da situação socioeconômica de sua região. O parlamentar demonstrou preocupação com o que chamou de “realidade social dilacerante” vivenciada por milhões de paraenses, mesmo em um estado dotado de abundantes recursos naturais.

Marinho trouxe à tona dados reveladores sobre o Programa Bolsa Família, informando que, em setembro deste ano, 62% das famílias paraenses estavam inscritas no benefício. Esse percentual chocante, segundo ele, supera o total de empregos formais disponíveis no estado, levantando sérias questões sobre a sobrevivência de muitos em meio a um cenário de precariedade e dependência de auxílios governamentais.

Durante seu discurso, o senador expressou sua indignação. Ele ressaltou que essa dependência não deve ser vista apenas como um reflexo da vulnerabilidade social, mas como o resultado de um sistema que, em sua avaliação, se torna uma ferramenta de controle político e perpetuação da pobreza. “Esses números não podem ser ignorados”, afirmou Marinho, em tom de alerta.

Em busca de soluções, o senador enfatizou a necessidade de investimentos estruturais que possam aos pouquinhos romper o ciclo de dependência. Para ele, a chave para um futuro mais próspero passa pelo direcionamento de recursos em áreas essenciais como educação de qualidade, capacitação profissional, infraestrutura adequada e estímulo à produção local. A ideia é que esses investimentos podem, a longo prazo, gerar empregos formais e transformar a riqueza natural do estado em desenvolvimento sustentável, revertendo assim a situação de pobreza que aflige muitos paraenses.

Marinho fez um apelo emocionado aos governantes. “O povo paraense não quer viver de esmolas. Quer trabalhar, produzir e ter oportunidades reais”, declarou. Ele enfatizou que o Pará, mesmo sendo rico, não pode ser tratado como um estado pobre. Para o senador, é fundamental implementar políticas públicas que liberem a população de amarras econômicas, buscando a dignidade e o empoderamento do povo paraense. Para ele, as mudanças necessárias vão muito além da assistência social; é necessário construir um futuro onde a riqueza do estado seja um caminho para o desenvolvimento coletivo.

Sair da versão mobile