SENADO FEDERAL – Senado se prepara para votar aumento de deputados federais; proposta gera polêmica por elevação de despesas e contraria apelos por contenção fiscal.

Na próxima semana, o Plenário do Senado deve debater e votar uma proposta que visa aumentar o número de deputados federais. A medida, que se insere na política de atualização do Congresso Nacional, obedece a uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para que a representação na Câmara seja revista conforme os dados mais recentes do censo do IBGE. A proposta, identificada como PLP 177/2023, pretende criar 18 novas cadeiras na Casa Legislativa, distribuídas entre diversos estados brasileiros, incluindo Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Paraná.

Contudo, a iniciativa já encontra resistência significativa por parte de uma parcela dos senadores. Muitos deles manifestaram a intenção de votar contra a proposta, apontando preocupações com um aumento das despesas públicas em um momento em que o governo e o próprio Congresso Nacional se posicionam contra a elevação da carga tributária. O senador Oriovisto Guimarães, do PSDB do Paraná, foi um dos críticos mais eloquentes, classificando a proposta como um contrassenso diante da atual conjuntura econômica enfrentada pelo país.

Diante desse cenário polarizado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, buscou tranquilizar os parlamentares ao informar que o orçamento da Câmara dos Deputados já contemplou as despesas com os novos parlamentares. Vale ressaltar que, por decisão estabelecida na proposta, os novos deputados apenas deverão ser eleitos em 2026, assumindo seus mandatos no ano seguinte, o que pode atenuar algumas das preocupações orçamentárias levantadas.

A discussão em torno da proposta suscita debates mais amplos sobre a representatividade e a eficiência do Legislativo brasileiro, além de refletir as tensões existentes em relação à gestão pública e às prioridades do governo. Enquanto o país enfrenta um cenário de desafios econômicos e sociais, o aumento do número de deputados pode ser encarado tanto como uma necessidade de representatividade quanto como um gasto desnecessário. O resultado da votação no Senado, portanto, poderá ser um indicador crucial das prioridades políticas e econômicas dos parlamentares em tempos de crise.

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