Contudo, a iniciativa já encontra resistência significativa por parte de uma parcela dos senadores. Muitos deles manifestaram a intenção de votar contra a proposta, apontando preocupações com um aumento das despesas públicas em um momento em que o governo e o próprio Congresso Nacional se posicionam contra a elevação da carga tributária. O senador Oriovisto Guimarães, do PSDB do Paraná, foi um dos críticos mais eloquentes, classificando a proposta como um contrassenso diante da atual conjuntura econômica enfrentada pelo país.
Diante desse cenário polarizado, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, buscou tranquilizar os parlamentares ao informar que o orçamento da Câmara dos Deputados já contemplou as despesas com os novos parlamentares. Vale ressaltar que, por decisão estabelecida na proposta, os novos deputados apenas deverão ser eleitos em 2026, assumindo seus mandatos no ano seguinte, o que pode atenuar algumas das preocupações orçamentárias levantadas.
A discussão em torno da proposta suscita debates mais amplos sobre a representatividade e a eficiência do Legislativo brasileiro, além de refletir as tensões existentes em relação à gestão pública e às prioridades do governo. Enquanto o país enfrenta um cenário de desafios econômicos e sociais, o aumento do número de deputados pode ser encarado tanto como uma necessidade de representatividade quanto como um gasto desnecessário. O resultado da votação no Senado, portanto, poderá ser um indicador crucial das prioridades políticas e econômicas dos parlamentares em tempos de crise.