Essa iniciativa do Senado reflete o compromisso público da instituição em aumentar a visibilidade e a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Além disso, o Senado também realiza um atendimento interno, promovendo rodas de conversa e ações de capacitação para os colaboradores que estão no espectro, abordando temas relacionados ao TEA no ambiente de trabalho.
Francis Monzo, chefe do Serviço de Ações de Acessibilidade (Seace) e um dos organizadores do evento, destaca a importância de dar visibilidade a essas questões dentro do Senado para promover uma mudança cultural necessária. Ele ressalta que o TEA impõe desafios diários às pessoas dentro do espectro e aos seus familiares, e que isso deve ser reconhecido na formulação de políticas internas da Casa.
Um exemplo vivenciado no Senado é o de Marcelo Picolo Catelli, servidor do Núcleo de Redação Legislativa (NRELE) e pai de Miguel, um jovem autista. Marcelo compartilha a jornada desafiadora que enfrentou no início, com a agitação de Miguel em diversos ambientes. Com o apoio de profissionais especializados e o suporte necessário, como mudanças na alimentação e introdução de medicação, Miguel conseguiu progredir na escola, cursar Letras e até mesmo realizar um estágio remunerado aos 21 anos de idade.
O Senado também apoia o grupo Senautismo, formado por colaboradores da Casa com algum tipo de conexão com o autismo. O grupo funciona como um espaço de troca de informações, acolhimento e suporte para servidores com familiares no espectro autista ou servidores com TEA. Aqueles que desejarem participar do grupo podem entrar em contato através do e-mail senautismo@gmail.com.
Essas iniciativas demonstram o comprometimento do Senado Brasileiro em promover a inclusão e a conscientização sobre o autismo, contribuindo para uma sociedade mais acolhedora e empática com as pessoas neurodiversas.