Ao iniciar a cerimônia, o senador Malta fez referência a um evento similar ocorrido em 2018, que celebrava os 50 anos da Maranata e também contou com a presença de Bolsonaro. “Para alguns, existem coincidências, e para outros, não. No mundo espiritual, não existem coincidências”, afirmou Malta em tom exaltado.
Bolsonaro, o primeiro a discursar, traçou uma conexão pessoal com Gedelti, mencionando que tanto ele quanto seu pai eram dentistas, profissão que o ex-presidente conhece bem. Durante sua fala, o ex-mandatário refletiu sobre a efemeridade da vida e a significância do legado de Gedelti. “Este é o momento de eternizarmos a vida do estimado Gedelti, suas pregações e seu papel na condução da Maranata”, declarou Bolsonaro, apelando para que as pessoas sigam o exemplo de fé e dedicação do homenageado.
O primo de Gedelti e atual presidente da igreja, Alexandre Ruben Milito Gueiros, também discursou, enfatizando a dedicação do pastor à sua obra espiritual. Segundo ele, Gedelti se deixou guiar pelo Espírito Santo, promovendo uma fé prática e profunda que transcendeu fronteiras, influenciando diversas denominações evangélicas ao redor do mundo. “Ele viveu para o bem da igreja, entesourando não só para a Maranata, mas para muitos outros grupos”, ressaltou Milito.
De igual importância, o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) observou as diferenças entre os líderes terrenos e aqueles chamados para missões eternas, elogiando a vida de Gedelti como um farol de obediência e dedicação ao Reino de Deus. Nascimento enfatizou que a vida do pastor, antes dentista, se transformou em um legado espiritual que transcende a morte.
Emocionantes depoimentos continuaram a ocorrer, sinalizando a influência duradoura de Gedelti. O pastor coronel Júlio Cezar Costa, em nome da família, exaltou a trajetória de fé e a visão missionária do amado líder. Ele destacou como seu legado inspira gerações futuras, ressaltando que Gedelti não é apenas uma memória, mas uma referência viva.
Albert Bitran, genro de Gedelti, fez um agradecimento espontâneo, enfatizando a humildade e simplicidade do sogro, que sempre viveu sem privilégios e recusou salários e vantagens pessoais, mesmo liderando uma organização de grande porte. “Ele nunca quis ser um fardo para a igreja, sempre manteve uma vida austera”, disse Bitran, relembrando que, mesmo em suas honras fúnebres, o pastor recebeu tributos dignos de um chefe de Estado.
Fundada em 1967, a Igreja Cristã Maranata, uma denominação pentecostal, começou em Cariacica, no Espírito Santo, e rapidamente se espalhou, contando atualmente com mais de 5 mil templos e congregações em mais de 100 países. O significado de seu nome, “Maranata”, que se traduz como “o Senhor vem”, continua a ressoar entre seus fiéis, solidificando o legado que Gedelti deixou.