A senadora Leila Barros (PDT-DF), responsável pela iniciativa da sessão, destacou o seu compromisso com a valorização da profissão, mencionando o recente reajuste de 30% concedido aos policiais e bombeiros do Distrito Federal, financiado pelo Fundo Constitucional da região. Segundo a senadora, a atuação da Polícia Civil do DF (PCDF) serve como referência positiva para corporações em outras partes do Brasil.
Leila ressaltou ainda o notável crescimento de Brasília ao longo de sua história, destacando que a capital não se tornou um “caldeirão de violência” como outras metrópoles, mas sim a segunda cidade mais segura do país, reflexo da eficácia do trabalho das forças de segurança, especialmente da PCDF, que é vista como um “padrão ouro” no cenário internacional.
O delegado-geral adjunto da PCDF, Saulo Ribeiro Lopes, também participou do encontro e abordou a importância da “repressão qualificada” para conter o crime organizado na região. Em 2024, a corporação realizou 631 operações, resultando em mais de 7.400 prisões e 86 mil laudos periciais. Para Lopes, é essencial reconhecer as histórias humanas por trás desses números, já que muitos policiais conseguiram solucionar casos complexos com grande empenho.
A discussão avançou para questões previdenciárias, com Alex Galvão, diretor da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), pleiteando uma revisão das regras que regem os direitos previdenciários dos agentes. Galvão apontou que a disparidade na concessão de pensões gera insegurança para as famílias dos policiais, especialmente em casos de morte em serviço.
Cláudia Alcântara, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do DF (Sindepo/DF), reforçou a gravidade da questão ao apresentar o caso de um policial cujo falecimento resultou numa pensão significativamente inferior ao esperado, o que ilustra as falhas do sistema previdenciário atual. Ela apoiou a proposta de emenda constitucional em tramitação que busca remover a idade mínima para aposentadoria dos policiais.
Outro tema relevante abordado foi a paridade salarial entre as forças policiais. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Enoque Venancio de Freitas, enfatizou que um dos principais objetivos é garantir igualdade salarial aos policiais civis em relação aos federais, com expectativas de que esse processo avance em breve.
Os debates evidenciaram que a valorização do policial não se limita à remuneração, abrangendo também saúde mental e condições dignas de trabalho. As vozes unificadas dos representantes do setor reafirmaram a importância contínua de investir e reconhecer adequadamente o papel vital que a Polícia Civil desempenha na segurança pública e na manutenção da ordem na sociedade.