A iniciativa foi liderada pela senadora Jussara Lima (PSD-PI), responsável pelo requerimento que deu origem à homenagem. Durante sua fala, Jussara frisou que o Dia Nacional da Musicoterapia é celebrado anualmente em 15 de setembro e fez questão de ressaltar a relevância da profissão de musicoterapeuta, a qual foi regulamentada pela Lei 14.842, sancionada em março de 2024. A senadora argumentou que a aprovação desse projeto demonstra o compromisso do Congresso Nacional em reconhecer a musicoterapia como uma forma legítima de tratamento terapêutico.
A senadora definiu a musicoterapia como uma prática que combina arte e ciência, capaz de transformar vidas. Segundo ela, a musicoterapia vai além do mero ato de ouvir música; é uma prática clínica onde os pacientes, sob a orientação de profissionais capacitados, participam ativamente por meio do canto, da improvisação e da interação musical.
Dados apresentados por Jussara Lima indicam que a musicoterapia pode reduzir a necessidade de medicações controladas em casos de depressão, aliviar a dor em cuidados paliativos e melhorar a qualidade de vida de pessoas com Alzheimer. Ela enfatizou a necessidade de integrar a musicoterapia nas políticas de saúde pública para maximizar seus benefícios emocionais, cognitivos e físicos.
O presidente da Ubam, Luiz Belizário, contou que a entidade foi fundada em 10 de outubro de 1995, inicialmente sob o nome de União Nacional das Associações de Musicoterapia do Brasil. Ele destacou o papel da organização em unir os interesses dos musicoterapeutas e fortalecer a ciência da musicoterapia no Brasil, ganhando destaque principalmente na inclusão de diversos grupos sociais, como crianças neurodivergentes e adultos em reabilitação.
Luciana Saraiva, vice-presidente da Associação de Musicoterapia do Piauí, mencionou que, apesar de a musicoterapia ser considerada uma prática recente, há registros sobre suas semelhanças em antigas civilizações, como no Egito. Ela pediu por políticas públicas que garantam acesso à musicoterapia, especialmente para as populações mais necessitadas.
Beatriz Sales, coordenadora do curso de musicoterapia da UFRJ, explicou que a união entre arte e ciência é fundamental. Ela abordou a formação acadêmica, ressaltando que o curso visa preparar profissionais de saúde capacitados para atuar na área.
Durante a sessão, depoimentos em vídeo de pacientes foram exibidos, mostrando como a musicoterapia tem impactado positivamente suas vidas. As mães e profissionais presentes relataram melhorias na comunicação, coordenação motora e diminuição da ansiedade dos pacientes. Uma apresentação especial de crianças do Hospital da Criança José Alencar, tocando uma versão da famosa música “Trenzinho Caipira” de Heitor Villa-Lobos, emocionou a todos, evidenciando a importância da musicoterapia na infância.
A iniciativa do Senado foi amplamente elogiada, com destaque para o papel que a musicoterapia pode desempenhar em um ambiente de acolhimento e inclusão, refletindo um compromisso social e de saúde pública que merece ser fortalecido continuamente.