O projeto, identificado como PL 435/2022, já passou por uma avaliação favorável na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH), onde especialistas e defensores dos direitos humanos expressaram apoio à proposta. Eles enfatizaram a importância de facilitar um canal onde as vítimas possam relatar suas experiências de forma clara, contribuindo para uma resposta mais eficaz por parte das autoridades. A medida também se alinha com a crescente preocupação em todo o país em relação ao aumento de crimes motivados por preconceito, que afetam diversas comunidades, incluindo grupos étnicos, LGBTQIA+, pessoas com deficiências, entre outros.
A possibilidade de que as motivações preconceituosas sejam oficialmente reconhecidas nos registros policiais não apenas poderá aumentar a accountability de práticas discriminatórias, mas também proporcionará um panorama mais abrangente sobre a violencia motivada por preconceito no Brasil. Isso é fundamental para que políticas públicas direcionadas e ações educativas possam ser desenvolvidas, visando a prevenção de tais crimes.
Agora, com a análise aguardada pela CSP, o projeto terá a oportunidade de seguir seu trâmite legislativo, podendo se tornar uma ferramenta importante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A expectativa é que os membros da comissão sejam sensíveis à urgência de tratar essa questão e os possíveis impactos positivos que a aprovação da proposição poderia gerar nas vidas das pessoas afetadas por este tipo de violência.
