SENADO FEDERAL – Senado avalia projeto para suspender porte de arma em casos de violência doméstica, reforçando proteção às mulheres em situação de risco.

O Senado Federal brasileiro está prestes a avaliar um projeto de lei de grande relevância que tem como foco a proteção de mulheres em situação de violência doméstica. A proposta, de número 3.093/2025, foi apresentada pela senadora Augusta Brito, do Partido dos Trabalhadores do Ceará, e sugere a suspensão imediata do certificado de registro e do porte de arma de fogo para aqueles que enfrentam tais situações de risco. O objetivo central é garantir que armas sejam apreendidas prontamente, especialmente em casos de urgência, aumentando assim a segurança das vítimas.

Atualmente, o Estatuto do Desarmamento já permite que juízes restrinjam a posse ou o porte de armas, mas essa medida exige uma decisão expressa da autoridade judicial. Com a nova proposta, a ideia é que, ao ser concedida uma medida protetiva, a suspensão do direito à posse de armas aconteça de forma automática, sem que a vítima ou o Ministério Público precise solicitar uma ação específica.

A senadora Brito destaca a importância de um mecanismo que confere força imediata a decisões judiciais, pois isso minimiza as chances de omissões, atrasos ou ineficiências administrativas que podem colocar em risco a integridade das vítimas. A proposta visa, portanto, à agilidade nas respostas a situações de violência, reconhecendo a gravidade dos tempos em que decisões rápidas podem ser determinantes para a segurança das mulheres.

No pano de fundo jurídico, a parlamentar ressalta que a proposta não apenas aprimora as ferramentas de proteção existentes, mas também está alinhada a compromissos internacionais que o Brasil se comprometeu a respeitar. Esses compromissos incluem a Convenção de Belém do Pará e o Tratado sobre o Comércio de Armas, que preveem a necessidade de ações prontas para a prevenção de violações de direitos humanos.

Assim, o projeto segue agora para análise nas comissões temáticas do Senado, onde poderá passar por debates e ajustes antes de se transformar em uma nova mudança legislativa que visa a fortalecer a proteção das mulheres em um dos contextos mais delicados da sociedade contemporânea.

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