O impacto orçamentário desse reajuste é substancial, com estimativas que indicam um custo de R$ 3 bilhões no primeiro ano e um aumento para R$ 5,3 bilhões no segundo ano. Tais cifras refletem a importância do ajuste remuneratório para um setor que abrange cerca de 740 mil pessoas, incluindo militares da ativa, da reserva e pensionistas. Este número expressivo evidencia o impacto direto que essa decisão tem sobre uma parte significativa da população que desempenha funções críticas para a segurança e a defesa do país.
O governo justifica o aumento como uma forma de reconhecer os serviços prestados pelos militares, especialmente em tempos em que a valorização dessas profissionais se torna cada vez mais necessária. O reajuste é considerado uma medida de equidade, alinhando os salários dos militares às realidades econômicas enfrentadas pela categoria e buscando atrair e reter talentos nas Forças Armadas, vital para a manutenção da ordem e da segurança nacional.
Esse reajuste, além de atender a demandas históricas dos militares, poderá influenciar a dinâmica financeira do país, especialmente em um momento em que questões orçamentárias e fiscalizações estão em constante debate. A aprovação pela Câmara e, subsequentemente, pelo Senado, mostra um consenso em torno da importância de sustentar a confiança e a moral das Forças Armadas, um pilar essencial da sociedade brasileira.
Assim, a aprovação da MP 1.293/20 representa não apenas uma questão salarial, mas também um reconhecimento do papel essencial que os militares desempenham na sociedade, trazendo à tona a necessidade de uma discussão mais ampla sobre salários e condições de trabalho nas instituições militares no Brasil.