A COP 30, que marca a primeira vez que o Brasil sediará este importante evento internacional, reunirá líderes globais em um diálogo sobre temas cruciais relacionados à crise climática, incluindo a redução das emissões de gases do efeito estufa e a proteção da Amazônia. A medida de deslocar simbolicamente a capital do país para Belém pretende homenagear não apenas a cidade e a floresta, mas também os desafios enfrentados na região amazônica.
Conforme delineado no texto da proposta, durante a conferência, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário poderão operar a partir da cidade de Belém. Isso significa que os atos e documentos oficiais assinados pelo presidente da República e seus ministros durante esse período terão a cidade para registro. O Poder Executivo ficará incumbido de regulamentar as ações administrativas e logísticas necessárias para essa transferência temporária.
O senador Jader Barbalho ressaltou que o projeto não apenas destaca a importância do evento, mas também a relevância das questões que serão debatidas no encontro, refletindo a necessidade de uma atenção renovada para a Amazônia e seus cidadãos. O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) também expressou apoio, enfatizando que a iniciativa deve ir além do simbolismo e representar uma mudança de postura do Brasil em relação à região Norte.
Por outro lado, a proposta enfrenta críticas. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) manifestou sua oposição, argumentando que o custo da mudança temporária e a possível fragilização do Legislativo durante a conferência não trariam benefícios reais à população. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) sugeriu a criação de uma Comissão da Amazônia no Senado, defendendo que o tempo de ação é agora.
Enquanto o debate avança, a expectativa se concentra não apenas no simbolismo da mudança de sede, mas na efetividade das ações que poderão emergir desse encontro de vital importância para o futuro ambiental do Brasil e do mundo.