SENADO FEDERAL – Senado Aprova Projeto de Lei que Proíbe Empréstimo Consignado sem Autorização Expressa do Beneficiário

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (1º), o Projeto de Lei 4.089/2023, que visa proibir a concessão de empréstimo consignado sem a autorização expressa do beneficiário. O empréstimo consignado é aquele que possui desconto automático nas folhas de pagamento dos trabalhadores e aposentados. A iniciativa surge em um contexto de crescentes preocupações em relação ao endividamento da população e à proteção dos direitos dos consumidores.

O projeto, que teve sua redação alterada durante a discussão no Senado, ainda precisa retornar à Câmara dos Deputados para uma nova análise antes de seguir para sanção presidencial. A proposta foi originalmente concebida na Câmara, o que significa que, após as modificações, os deputados terão a oportunidade de revisar as alterações feitas pelos senadores.

Um aspecto relevante da proposta é a intenção de reforçar a transparência e garantir que os cidadãos tenham controle sobre suas finanças. A prática de oferecer empréstimos consignados sem a devida autorização pode levar a situações de abuso e endividamento excessivo, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como aposentados e pensionistas. Essa preocupação com a saúde financeira dos cidadãos levou a uma mobilização em torno do tema, destacando a importância de garantir que os consumidores tenham ciência e aceitação plena de qualquer desconto que será feita em seu salário.

Além disso, a medida também reflete uma crescente sensibilidade dos legisladores às dificuldades econômicas enfrentadas por muitas famílias brasileiras em um cenário onde a inflação e o desemprego têm impactado diretamente o poder de compra da população. A aprovação do projeto representa um passo significativo na busca por um sistema financeiro mais justo e responsável.

A expectativa é que a Câmara dos Deputados analise rapidamente as modificações propostas e busque um consenso que permita a sanção da lei, contribuindo assim para a proteção dos consumidores e a promoção de uma relação mais equilibrada entre credores e devedores. A proposta pode criar um marco importante em termos de regulamentação desse tipo de operação financeira no Brasil.

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