SENADO FEDERAL – Senado aprova programa de pagamento de dívidas dos estados com a União, com juros menores e parcelamento em até 30 anos.



Na última terça-feira (17), o Senado aprovou por unanimidade o projeto que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), com o objetivo de auxiliar os estados a quitarem suas dívidas com a União de forma mais vantajosa. Com a previsão de juros menores e a possibilidade de parcelamento em até 30 anos, a proposta foi bem recebida pelos 72 senadores presentes na votação.

O montante das dívidas estaduais atualmente ultrapassa os R$ 765 bilhões, sendo a maior parte concentrada em quatro estados: Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A presença dos governadores de estados endividados, Cláudio Castro (RJ) e Romeu Zema (MG), na votação demonstrou a importância do tema para as unidades federativas.

O projeto, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia sido aprovado no Senado em agosto e passou por modificações na Câmara dos Deputados, retornando então para nova votação na casa legislativa. O relator, Davi Alcolumbre (União-AP), acolheu parte das alterações propostas pela Câmara, mas rejeitou outras que considerou incompatíveis com os acordos prévios estabelecidos com os estados e o governo federal.

Uma das principais frentes do projeto é a criação do Fundo de Equalização Federativa, que receberá parte dos recursos economizados com os descontos de juros e será destinado para investimentos nos estados menos endividados. Além disso, as contrapartidas exigidas dos estados que aderirem ao Propag incluem compromissos com investimentos em áreas como educação, saneamento, habitação e segurança pública.

A proposta também estabelece regras rigorosas para evitar o descumprimento do programa, como a proibição de contratação de novas operações de crédito para pagamento das parcelas e a possibilidade de desligamento em caso de atraso no pagamento de seis parcelas em 36 meses.

No geral, o projeto foi reconhecido como uma solução eficaz para o problema das dívidas estaduais, com ênfase na responsabilidade fiscal dos estados beneficiados. A votação expressiva a favor do Propag no Senado reflete a importância da questão para a estabilidade econômica e fiscal dos estados brasileiros.

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