Além de instituir essa reserva orçamentária, a PEC também concede um prazo extenso de 25 anos para que os estados, o Distrito Federal e os municípios possam quitar suas obrigações com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa medida visa, entre outras coisas, aliviar a pressão financeira sobre as administrações públicas, que enfrentam desafios potenciais em suas contas devido a pendências na Justiça.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, destacou que a aprovação da emenda constitucional resulta em um acréscimo de R$ 12 bilhões ao Orçamento. De acordo com Wagner, esses recursos adicionais terão um destino específico: garantir o pagamento do salário-maternidade para autônomas, um benefício significativo que busca promover a proteção social e o amparo às trabalhadoras que se encontram em um momento fundamental de suas vidas.
A tramitação da PEC avançou rapidamente, refletindo uma necessidade urgente das gestões locais para lidar com dívidas acumuladas e a pressão econômica resultante. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou que a promulgação da nova emenda constitucional está programada para ocorrer no próximo dia 9, às 15h. Essa programação evidencia a celeridade com que o Congresso busca implementar as mudanças, que poderão ter um impacto relevante na gestão fiscal das esferas municipais e estaduais.
Esse movimento legislativo indica uma clara intenção de enfrentar e solucionar as pendências financeiras que têm afetado tanto a administração pública quanto os cidadãos. A possibilidade de renegociação de dívidas e a reserva de recursos para quitação de precatórios representam uma nova esperança para muitos que esperam por justiça e compensação financeira após longos processos judiciais.