SENADO FEDERAL – Senado Aprova Criação de Novos Cargos no STF em Meio a Críticas e Preocupações Orçamentárias

Na manhã desta terça-feira, 21 de novembro, o Senado Federal deu um passo significativo ao aprovar a criação de 160 funções comissionadas e 40 cargos de técnico judiciário para o Supremo Tribunal Federal (STF). Esta proposta, sob a paternidade do próprio STF, foi examinada e relatada pelo senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas. Com a aprovação, a matéria avança agora para a sanção da Presidência da República.

O projeto passou a delinear que os custos associados à criação desses novos cargos serão cobertos por meios já previstos nas dotações orçamentárias do STF, conforme determinado na Lei Orçamentária Anual (LOA). A implementação das novas funções está programada para ocorrer a partir de 2025, também levando em consideração as autorizações exigidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A nova estrutura de cargos de técnico judiciário será especialmente destinada à polícia judicial do Supremo.

Em suas justificativas, o senador Omar Aziz apresentou argumentos que sustentam a proposta. Ele destacou que a criação dessas funções visará principalmente a retenção de profissionais qualificados que atuarão no apoio aos ministros do STF, o que, segundo ele, poderá resultar em melhorias significativas na qualidade do serviço prestado pela Corte. Além disso, Aziz mencionou a necessidade da criação de cargos na área de segurança, justificando que o STF tem enfrentado um aumento alarmante de ameaças e riscos à integridade de seus membros, o que pode impactar diretamente o desenvolvimento de suas atividades.

Contudo, a proposta não foi unânime entre os senadores. A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, levantou preocupações sobre o estado fiscal do Brasil, argumentando que aprovar a matéria não seria uma decisão prudente. O senador Carlos Portinho, do PL do Rio de Janeiro, expressou que o tema gerava descontentamento, citando abusos percebidos por parte do STF e a sua desconexão com a população.

Apesar das controvérsias, que incluíram um pedido de votação nominal para que os senadores registrassem individualmente seus votos, a proposta foi aprovada com uma ampla maioria de 36 votos a favor e 18 contra. A expectativa agora é de que a sanção presidencial prossiga, implementando assim as mudanças desejadas pela mais alta corte do país.

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