Este trabalho não apenas trouxe à luz a contribuição significativa desses soldados, mas também enfatizou os desafios enfrentados por eles em um contexto de luta por liberdade e igualdade. Os Lanceiros Negros, recrutados em sua maioria entre os escravizados e libertos, se destacaram pela bravura e pela lealdade à causa republicana, embora a história muitas vezes tenha relegado sua memória ao esquecimento.
Além da menção honrosa na 42ª edição do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, promovido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos e pela OAB do Rio Grande do Sul, a reportagem foi reconhecida com o Prêmio Microfone de Prata, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Tais distinções ressaltam não apenas a qualidade do jornalismo investigativo, mas também a necessidade de revisitar e reevaluar narrativas históricas que moldaram a identidade nacional.
A Revolução Farroupilha, marcada por suas complexas questões sociais e políticas, abre espaço para reflexões pertinentes sobre a construção da cidadania e os direitos humanos no Brasil contemporâneo. O trabalho dos jornalistas que se dedicam a resgatar essas histórias contribui para uma compreensão mais ampla da luta por justiça e igualdade, elementos fundamentais na consolidação de uma sociedade mais justa.
Em um momento em que a valorização da diversidade e a luta contra a discriminação são mais urgentes do que nunca, reportagens como a dos Lanceiros Negros se tornam cruciais. Elas não apenas honram a memória dos que lutaram por liberdade, mas também incentivam um diálogo necessário sobre a reparação e a inclusão social. É fundamental que essas vozes e histórias sejam ouvidas e reconhecidas, garantindo que a luta por justiça continue viva nas novas gerações.










