SENADO FEDERAL – Relatório da IFI aponta necessidade de superávit de R$ 27,1 bilhões para cumprir metas fiscais até o final do ano. Desafios aumentam com alterações no Congresso.

Em um cenário econômico desafiador, a Instituição Fiscal Independente (IFI) apresentou, na última quinta-feira, um novo relatório que sinaliza a urgência de um superávit fiscal de R$ 27,1 bilhões no último trimestre de 2023 para garantir o cumprimento das metas fiscais do país. O diretor-executivo da IFI, Marcus Pestana, destacou a importância crítica dessa meta, ressaltando que, sem o atingimento desse superávit, as contas públicas poderão sofrer impactos significativos.

Pestana chamou atenção para aspectos que complicam ainda mais a situação fiscal do Brasil. Um dos principais pontos mencionados foi a perda de validade da Medida Provisória 1303/2025, que havia sido implementada como uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com a expiração dessa MP, o governo enfrenta um vazio legislativo que pode comprometer a arrecadação e as finanças públicas.

Além disso, o diretor também criticou as mudanças promovidas pelo Congresso no projeto de reforma tributária que visa a reestruturação da tributação sobre a renda. As alterações no Projeto de Lei 1.087/2025, segundo Pestana, representam um desafio adicional, tornando mais difícil o alinhamento das contas públicas com os padrões desejados. As dificuldades levadas por essas mudanças podem resultar em uma maior pressão sobre a necessidade de ajustes fiscais mais robustos.

Com o cenário econômico global em constante transformação e as dificuldades internas, a IFI enfatiza que o resultado fiscal final do ano depende de escolhas estratégicas. As decisões a serem tomadas nos próximos meses poderão definir não apenas o cumprimento das metas estabelecidas, mas também o equilíbrio das contas públicas a longo prazo.

As declarações de Pestana refletem um diagnóstico preocupante, que exige atenção redobrada dos gestores e do legislativo. Garantir o superávit no final do ano será fundamental não apenas para o atual governo, mas para a estabilidade financeira do país nos anos vindouros. Portanto, os próximos passos do governo e do Congresso se tornam cruciais para evitar um cenário fiscal insustentável.

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