SENADO FEDERAL – Relatório da IFI alerta: Brasil precisa registrar superávits anuais de 2,4% para estabilizar dívida pública, que ultrapassará 78% do PIB.

A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado divulgou nesta quinta-feira (19) seu mais recente relatório sobre o acompanhamento das contas públicas do ano de 2024. De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o desafio de alcançar superávits primários anuais de 2,4% para conseguir estabilizar a dívida pública, que deve ultrapassar a marca de 78% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda este ano.

O conceito de superávit primário refere-se à diferença positiva entre as receitas oriundas de tributos e impostos e as despesas do governo, desconsiderando o pagamento de juros sobre a dívida. Ou seja, para atingir um superávit, as receitas devem ser maiores do que as despesas totais do governo.

Diante do atual cenário econômico do país, a IFI aponta a necessidade urgente de medidas fiscais que possam garantir esse superávit primário anual de 2,4%, a fim de conter o crescimento da dívida pública e evitar uma escalada descontrolada de endividamento. A projeção de que a dívida pública brasileira ultrapasse 78% do PIB coloca em alerta as autoridades econômicas, que precisam agir com responsabilidade e eficiência para reverter essa tendência preocupante.

A IFI reforça a importância de um controle rigoroso das contas públicas e de uma gestão fiscal transparente e eficaz para garantir a sustentabilidade das finanças do país a longo prazo. A estabilização da dívida pública é fundamental para manter a credibilidade do Brasil junto aos investidores e aos mercados financeiros internacionais, contribuindo para a retomada do crescimento econômico e o bem-estar da população.

Diante dessas projeções e recomendações da IFI, o governo e o Poder Legislativo precisam estar atentos e comprometidos com a implementação de medidas que possam assegurar a estabilidade fiscal e o equilíbrio das contas públicas. O desafio de alcançar superávits primários anuais de 2,4% não deve ser subestimado, mas sim encarado como uma prioridade para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

Sair da versão mobile