Em resposta às alegações, Abraão Lincoln Ferreira, respaldado por um habeas corpus concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), optou por não responder às perguntas relacionadas a supostas fraudes que estão sendo apuradas pela Operação Sem Desconto. A operação investiga irregularidades dentro das atividades da CBPA, mas Lincoln enfatizou que a confederação não é uma “instituição fantasma”, negando veementemente as acusações de fraude e destacando a idoneidade da sua entidade.
Durante a sessão, foram levantadas diversas contradições em seus depoimentos, que foram notadas por diversos parlamentares presentes. As declarações de Lincoln foram recebidas com ceticismo por alguns membros da comissão, que questionaram as práticas de associação da CBPA e a credibilidade das informações apresentadas pela entidade. A investigação está, portanto, em um momento crítico, uma vez que o desdobramento dos fatos pode impactar diretamente não só os trabalhadores do setor pesqueiro, mas também a estrutura das entidades que representam essas categorias.
Com a CPMI seguindo adiante, a expectativa é de que mais informações sejam reveladas e que as apurações se aprofundem, elucidando as possíveis irregularidades e assegurando a fiscalização necessária sobre as instituições que atuam em nome de grupos vulneráveis como os trabalhadores da pesca e aquicultura no Brasil.
