O senador Nelsinho Trad (PSD/MS), médico e relator do projeto de lei PL 3.533/2021, que propõe a criação desse dia específico, ressaltou a relevância da iniciativa. Segundo ele, é fundamental estimular ações educativas para ampliar o conhecimento da população sobre o AVC, seus sintomas e fatores de risco.
Durante a audiência, surgiram questionamentos dos cidadãos sobre como o projeto poderia contribuir para a educação e prevenção da doença, quais são os mitos comuns sobre o AVC que precisam ser desmistificados e se há ações específicas de monitoramento para os hipertensos.
Dados apresentados pela Rede Brasil AVC mostram que só no primeiro semestre de 2022, aproximadamente 50 mil pessoas foram vítimas de AVC no Brasil. A coordenadora-geral de Atenção Hospitalar do Ministério da Saúde, Iris Vinha, apoiou a proposta de lei e ressaltou a importância de uma campanha nacional de prevenção à doença.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), entre 2014 e 2023, houve mais de 2 milhões de internações por AVC no Brasil, com um aumento de 28% no número de casos. Um estudo realizado pelo CFM também mostrou que a infraestrutura e os recursos humanos nos serviços públicos de atendimento ao AVC são considerados inadequados por parte dos médicos.
Sheila Cristina Martins, presidente da Rede Brasil AVC, enfatizou a importância da atenção básica para um atendimento precoce e destacou que a prevenção é essencial para reduzir os casos de AVC. Já Maramélia Araújo de Miranda Alves, da Academia Brasileira de Neurologia, ressaltou a necessidade de um diagnóstico rápido e tratamento adequado para minimizar as sequelas da doença.
Diante da gravidade do AVC e da importância da prevenção, a sociedade e as instituições de saúde devem se unir para conscientizar a população e promover ações educativas que contribuam para a redução dos casos da doença. O combate ao AVC requer um esforço conjunto de todos os envolvidos, visando a melhoria da saúde pública e o bem-estar da população.